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Apnéia: quando o ronco é sinal de doença

Se alguém da sua família ou amigo já denunciou ser você um roncador daqueles, vale a pena parar alguns minutinhos para ler esta reportagem. É que o ronco às vezes é "apenas" um barulho incômodo para quem dorme ao seu lado, mas também pode ser um importante diagnóstico para a Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono (Saos). O nome pode até ser complicado, mas identificar a doença não, porque ela é de fácil percepção. Quando o ronco vem acompanhado de paradas respiratórias durante o sono, sonolência diurna excessiva e até problemas como pressão alta e batimento cardíaco irregular, é hora de procurar um médico.

 

Apnéia significa pausa respiratória. "O que chamamos de apnéia do sono é a ocorrência de no mínimo cinco paradas respiratórias por hora de sono, acompanhadas de sintomatologias como ronco e sonolência excessiva durante o dia", explica o pneumologista Pedro Felipe de Bruin, membro da Sociedade Brasileira de Sono.

 

Na verdade existem dois tipos de apnéia do sono, a causada por uma rara disfunção do sistema nervoso central - a Apnéia Central -, e aquela mais comum em todo o mundo - a Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono - causada principalmente pela obesidade (a gordura fecha o canal da faringe), mas também por problemas anatômicos específicos, como hipertrofia de amígdala e/ou adenóides (tamanho exagerado da amígdala e/ou adenóides - especície de amígdala faríngea, atrás do nariz). A Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono atinge em sua maior parte homens, sobretudo obesos, e mulheres após a menopausa, porém também pode ser de origem hereditária, atingindo inclusive crianças.

 

O médico Pedro de Bruin explica que com a obstrução da faringe (vias aéreas superiores), o esforço respiratório é iniciado, mas o ar não chega a atingir os pulmões. O ronco é a tradução sonora indicando que há uma diminuição ou estreitamento da via aérea durante a passagem do ar. Se esse estreitamento torna-se severo, então ocorre o fechamento ou colapso da faringe, resultando na apnéia. Dormindo, o apnéico não percebe, mas pára de respirar. Essas interrupções na respiração são breves (duram pelo menos 10 segundos), mas repetidas (cerca de cinco episódios por hora de sono).

Segundo o médico, não há estudos concretos que mostrem quantos brasileiros têm a patologia. "Certamente muitas pessoas sofrem com apnéia do sono, sem saber que é uma doença", comenta. Para a Sociedade Brasileira do Sono, de 2% a 4% das mulheres adultas e de 4% a 9% dos homens adultos são apnéicos, principalmente em maiores de 35 anos. Mais de 4% da população mundial seria apnéico, aumentando para 25% o índice entre idosos.

 

A apnéia do sono é uma doença crônica e está classificada entre as que mais matam no mundo, por causa do aumento do risco de acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto; o aumento do risco de acidentes de trânsito, em razão da sonolência excessiva provocada pelas noites maldormidas; e as paradas respiratórias e até cardíacas durante o sono. O problema é que poucas pessoas conhecem a doença, e até entre a classe médica o tema é pouco difundido.

A explicação pode estar no fato de que a síndrome só passou a ser descrita nas revistas médicas especializadas a partir da década de 80. Com os poucos anos de estudos aprofundados sobre a doença, ainda há muito a se desenvolver na área: as estatísticas são genéricas, o tratamento clínico é caro, não existe especialidade médica em sono, ainda não há medicamento de comprovada eficácia, os serviços públicos não oferecem ambulatórios específicos, nem o aparelho mais indicado para o tratamento da doença é distribuído de forma gratuita - assuntos a serem tratados com mais detalhes.


Fonte: http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI282696-EI1521,00.html


 

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